Passeio de litorina também vai abrilhantar as comemorações alusivas ao 110 anos de Porto Velho

Passeio de litorina também vai abrilhantar as comemorações alusivas ao 110 anos de Porto Velho

Será feita a substituição de alguns dormentes dentro do Complexo da EFMM para que o veículo volte a circular


A festa de aniversário dos 110 anos de instalação do município de Porto Velho também será marcada pelo retorno dos passeios de litorina. Para tanto, o prefeito Léo Moraes já solicitou autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para fazer o veículo funcionar novamente, já que ele faz parte da história da cidade e até mesmo do estado de Rondônia.

Será feita a substituição de alguns dormentes dentro do Complexo da EFMM

“Esse evento da entrega da litorina da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) será às 9h30 da manhã, em frente à estação ferroviária, com a presença de um dos ferroviários mais antigos e ativos, que já foi também presidente da Associação dos Ferroviários, o senhor Paulo Ramos, que está nos auxiliando também no retorno do passeio da litorina”, explicou o secretárioda Secretaria Municipal da Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur), Paulo Moraes Júnior.

Antes, porém, será feita a substituição de alguns dormentes dentro do Complexo da EFMM, que são peças de madeira que sustentam os trilhos por onde passavam as locomotivas, os mesmos que possibilitam a circulação da litorina. Para isso, o prefeito Léo Moraes também já solicitou autorização do Iphan, por se tratar de patrimônio histórico tombado.

“É desejo do prefeito fazer com que, no aniversário da cidade, a litorina volte a funcionar e a população possa também ter esse sentimento de pertencimento, de alegria de ver um equipamento tão antigo e importante voltando a funcionar na cidade de Porto Velho”, informou o adjunto da Semdestur, Aleks Palitot.

HISTÓRIA

A litorina é um equipamento que chegou em Porto Velho na década de 1950

A litorina é um equipamento que chegou em Porto Velho na década de 1950. Segundo Aleks Palitot, que também é historiador, no começo eram quatro dela, mas hoje só existe uma.

Uma das litorinas se chamava América, outra se chamava Brasil, a terceira, Bolívia e a quarta se chamava Administração. Trata-se de um equipamento de transporte da lendária Ferrovia Madeira-Mamoré, movido a diesel. Ela foi revitalizada e entregue ao município de Porto Velho, mas depois disso não teve o seu devido uso estabelecido para população.

Equipamento inventado e fabricado na Itália, numa região chamada Litorânea, a litorina foi adquirida pela direção da EFMM com o intuito de oferecer aos passageiros um trajeto mais célere até Guajará-Mirim, aos que podiam pagar um pouco mais caro.

Movida a diesel e com capacidade para transportar até 12 pessoas, cada litorina atingia cerca de 50km/h e chegava em Guajará-Mirim no mesmo dia. Já uma locomotiva saía de Porto Velho às 7h, chegava em Fortaleza do Abunã por volta das 18h, onde pernoitava, e só por volta das 13h do dia seguinte chegava a Guajará-Mirim.

Texto: Augusto Soares
Foto: Leandro Morais/ SMC

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Postar um comentário

0 Comentários