Justiça boliviana decreta prisão de Evo Morales por suspeita de tráfico de pessoas

Justiça boliviana decreta prisão de Evo Morales por suspeita de tráfico de pessoas

Ex-presidente é declarado foragido após não comparecer à audiência em Tarija

Porto Velho, RO -
Em uma decisão que agita o cenário político boliviano, o juiz Nelson Rocabado, da 5ª Vara de Instrução Penal Anticorrupção e Violência contra a Mulher de Tarija, declarou nesta sexta-feira (17) o ex-presidente Evo Morales como foragido da justiça e ordenou sua prisão imediata. A decisão está relacionada a um caso de suposto tráfico de pessoas com agravantes.

Detalhes do caso

O caso em questão envolve uma investigação sobre um relacionamento íntimo que Morales teria mantido com uma adolescente em 2015, quando ainda exercia a presidência da Bolívia. Segundo informações da imprensa local, o caso inicialmente foi investigado como estupro de vulnerável, envolvendo uma menor entre 14 e 18 anos, mas agora a promotoria concentra as acusações no crime de tráfico de pessoas com agravantes.

Medidas judiciais

O magistrado tomou uma série de medidas após a ausência do ex-presidente na audiência:

Decretou ordem de prisão contra Morales
Determinou seu impedimento de deixar o país
Ordenou o congelamento de contas bancárias
Determinou a anotação preventiva de seus bens
Sandra Gutiérrez, promotora departamental de Tarija, manifestou satisfação com a decisão judicial e destacou que os atestados médicos apresentados pela defesa não foram considerados impedimentos válidos para justificar a ausência do ex-presidente na audiência.

Posição da defesa

A equipe jurídica de Morales, que compareceu à audiência sem a presença do ex-presidente, tentou impedir o procedimento através de uma recusação, que foi rejeitada pelo juiz. Os advogados de defesa insistem que seu cliente não foi devidamente notificado, alegando que tanto a ordem de prisão quanto a própria acusação são "ilegais".

Contexto

Esta é a segunda vez que Morales não comparece a uma audiência relacionada a este caso. O juiz Rocabado rejeitou os atestados médicos particulares apresentados pela defesa, afirmando que estes "não comprovam um impedimento ou dificuldade" para o comparecimento do ex-presidente em Tarija.

A decisão representa mais um capítulo na série de problemas legais enfrentados por Evo Morales, que governou a Bolívia de 2006 a 2019, e que recentemente anunciou sua intenção de concorrer novamente à presidência do país nas próximas eleições.

Fonte: Painel Político

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