Evento com pais e filhos marca o encerramento anual da psicoterapia em grupo, no Caps Infantojuvenil

Evento com pais e filhos marca o encerramento anual da psicoterapia em grupo, no Caps Infantojuvenil

Encontros mensais integram a rotina de serviços do Caps I

Porto Velho, RO - 
O Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Caps I) realizou uma confraternização natalina para encerrar as atividades de 2024 da psicoterapia em grupo. A iniciativa busca intensificar os atendimentos psicológicos e fortalecer a saúde mental de crianças e adolescentes atendidos pela unidade. Coordenados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), os encontros mensais integram a rotina de serviços do Caps I.

Os grupos terapêuticos voltados para adolescentes trabalham questões como emoções, medos, ansiedade, traumas, dificuldades de interação social, transtornos depressivos e alimentares, sexualidade, bullying e conflitos familiares. Segundo a psicóloga Helena Cordenuzzi, a proposta ajuda os jovens a organizarem as emoções em meio às mudanças da puberdade.

“Essa é uma modalidade de intervenção terapêutica cujo objetivo é contemplar um número maior de adolescentes, permitindo que troquem experiências e percebam que não estão sozinhos”, explica.

Confraternização também incluiu apresentação musical, coral, dinâmicas, sorteio de brindes e lanche

Além disso, Helena destaca o desenvolvimento de habilidades sociais como um dos maiores benefícios da psicoterapia. “Os adolescentes aprendem a demonstrar sentimentos, interagir, se comunicar e adotar a empatia em relação à dor do outro”, ressalta.

PARTICIPAÇÃO FAMILIAR


O encerramento anual da psicoterapia em grupo contou com atividades específicas e contou com a presença dos pais. Uma das dinâmicas simulou o renascimento dos filhos, com os pais os recebendo com calorosos abraços. A confraternização também incluiu apresentação musical, coral, dinâmicas, sorteio de brindes e lanche.

Para a esteticista Fábia Contarato, que participou do evento ao lado da filha diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o trabalho do Caps é essencial no acolhimento familiar. “Entender que os filhos precisam de uma ajuda que não é a nossa costuma ser um processo lento e doloroso. O Caps é fundamental na minha vida e das minhas filhas. Desde o início, fomos totalmente abraçados por essa equipe maravilhosa”, relata.

Grupo contou com atividades específicas e contou com a presença dos pais

Ainda segundo a psicóloga, um dos benefícios da psicoterapia é o desenvolvimento das habilidades sociais, onde os adolescentes aprendem a demonstrar melhor os sentimentos, conseguem interagir, se comunicar e adotam a empatia em relação à dor do outro.

É o caso da adolescente Mirra Rodrigues, 16 anos, que em 2021 encontrou no CAPS I “a esperança no fim do túnel”, como costuma comparar. Segundo ela, após um grande trauma, o Caps auxiliou na sua evolução emocional.

“Conforme eu fui entendendo que precisava de ajuda, eu me permiti ser ajudada e isso mudou tudo. Hoje eu venho ao Caps sabendo que aqui é o lugar onde eu posso desabafar, me reerguer, é onde eu me recreio e recebo conselhos dessa equipe maravilhosa que me acolhe de forma carinhosa”.

Referência no atendimento especializado

Na psicoterapia adolescentes aprendem a demonstrar melhor os sentimentos, conseguem interagir

O Caps I é referência no atendimento especializado para crianças e adolescentes de 5 a 16 anos. A unidade conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais.

“São profissionais preparados para atender demandas como transtornos psicológicos, tentativas de suicídio e automutilação, distúrbio bipolar e doenças neurobiológicas como o autismo, que é uma das mais prevalentes”, analisa Luzia Viana, diretora do Caps I.

Luzia também informa que as atividades do grupo serão retomadas no próximo ano, porém os atendimentos individuais continuam sendo realizados normalmente na unidade.

CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS

A psicóloga Helena Cordenuzzi reforça a importância da continuidade do trabalho, tanto para os profissionais quanto para os pacientes. “A gente espera que isso possa ser cultivado, alimentado e que novos profissionais venham para somar conosco nesse atendimento diferenciado”.

A secretária municipal de Saúde, Eliana Pasini, destacou o aumento da demanda por serviços de saúde mental após a pandemia. “A procura por atendimento cresceu significativamente, assim como a necessidade de contratação de profissionais, algo desafiador em nossa região. Mesmo assim, a gestão se empenhou para atender os pacientes da melhor forma possível”, finaliza Pasini.

Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

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