Antes da primeira intervenção, o dólar chegou a ter alta de 0,80%, cotado a R$ 6,09
Porto Velho, RO - O Banco Central injetou US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio nesta segunda-feira (16) com a realização de dois leilões extraordinários. A autoridade monetária realizou quatro intervenções em menos de uma semana para tentar conter a alta do dólar.
A moeda norte-americana começou o dia em alta nesta segunda e chegou a ser cotada a R$ 6,09. Depois da ação do BC, o dólar desacelerou e, às 10h40, subia 0,28%, cotado a R$ 6,048.
Mais cedo, em um leilão extraordinário de dólares à vista, o BC vendeu US$ 1,628 bilhão. Em comunicado, a autarquia disse que foram aceitas 18 propostas entre 9h35 e 9h40 no pregão surpresa e que a taxa de corte foi de 6,0400.
Na prática, esse tipo de leilão funciona como uma injeção de dólares no mercado, como forma de atenuar disfuncionalidades nas negociações e diminuir a cotação da moeda, seguindo a lei da oferta e demanda.
Na sequência, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões com compromisso de recompra, no chamado leilão de linha. Foram aceitas seis propostas, entre 10h20 e 10h25, no valor total ofertado. O BC comunicou que a taxa de corte do leilão foi de 6,010000%.
As operações serão liquidadas na próxima quarta-feira (18), e a recompra de dólares está prevista para 6 de março de 2025. A realização do leilão de linha tinha sido anunciada pela autoridade monetária na última sexta (13).
Nessa modalidade, o BC vende reservas internacionais no mercado à vista, mas com o compromisso de recompra em um prazo determinado.
Na sexta, o BC também fez um leilão surpresa de dólares à vista, logo após a divisa tocar a máxima de R$ 6,077. Nove propostas foram aceitas entre 14h41 e 14h46, e US$ 845 milhões das reservas internacionais do país foram vendidos.
A primeira intervenção no câmbio desde que o dólar rompeu a barreira histórica dos R$ 6 ocorreu na quinta-feira (12), quando o BC vendeu US$ 4 bilhões em dois leilões de linha.
No início do mês, o diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária não ia "segurar o dólar no peito". Na ocasião, ele reforçou que a instituição só atua no câmbio em caso de disfuncionalidade.
Fonte: Folha de São Paulo
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