Semana de trabalho de quatro dias reduz o estresse, segundo estudo alemão

Semana de trabalho de quatro dias reduz o estresse, segundo estudo alemão

Durante seis meses, trabalhadores foram monitorados por smartwatches e com exames de amostras de cabelo, além de uma autoavaliação


Trabalhadores na Alemanha. Foto: THOMAS KIENZLE / AFP

Porto Velho, RO - A semana de trabalho de quatro dias reduz o estresse e aumenta a produtividade dos empregados, concluiu um estudo alemão divulgado nesta sexta-feira (18) e coordenado pela Universidade de Münster.

Quarenta e uma empresas alemãs participaram durante seis meses de um programa para reduzir o tempo de trabalho ou instaurar a semana de trabalho de quatro dias, um pedido histórico dos sindicatos desse país europeu.

A Universidade de Münster, no oeste da Alemanha, e o programa internacional “4 Day-Week Global” coordenaram o projeto.

Segundo os resultados do estudo, a semana de quatro dias melhora “significativamente” a saúde mental e física dos empregados.

Durante seis meses, se monitorou a saúde dos trabalhadores por meio de smartwatches (relógios inteligentes), amostras de cabelo e uma autoavaliação.

O resultado da pesquisa “contradiz a ideia de que ter a mesma carga de trabalho, com menos horas, poderia aumentar o estresse”, diz o estudo.

Além de sofrer menos estresse, os empregados que trabalham quatro dias fazem mais exercícios e dormem em média 38 minutos a mais todas as semanas.

Esses “efeitos positivos” sobre a saúde podem ajudar a “reduzir o absentismo a longo prazo”, estimam os pesquisadores.

Os entrevistados também consideram ser ligeiramente mais produtivos, embora o estudo se mostre prudente sobre esse tema e aponte alguns limites.

Não foi comprovado, por exemplo, que a semana de quatro dias aumente os lucros das empresas, reduza as licenças médicas ou reduza a pegada de carbono.

Após o teste, 39% das empresas decidiram implementar a semana de trabalho de quatro dias e 34% continuarão testando o programa.

Desde a pandemia, a questão entrou com força no debate público na Alemanha, onde está entre as principais demandas de alguns sindicatos.

Fonte: Carta Capital

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