Polícia prende sócio de laboratório que fez laudo falso sobre órgão transplantado com HIV

Polícia prende sócio de laboratório que fez laudo falso sobre órgão transplantado com HIV

Laboratório PCS Lab Saleme é apontado como responsável pelo erro


Foto: Rafael Campos/Polícia Civil do Rio

Porto Velho, RO - A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início, nesta segunda-feira 14, a uma operação para tentar prender pessoas envolvidas no caso de transplantes de órgãos infectados pelo HIV.

Segundo informações do portal G1, o sócio da PCS Lab Saleme, Walter Vieira, foi preso. Ele é médico ginecologista e assina um dos lados que apontou o falso negativo para HIV em órgão transplantado.

“As investigações indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou à infecção dos pacientes. Um dos pacientes veio a falecer, com as causas da morte ainda sob investigação”, explicou a polícia em nota.

Na operação desta segunda, os agentes também cumprem onze mandados de busca e apreensão.

Em meio às investigações, os policiais apuram se o PCS Lab Saleme teria falsificado laudos em procedimentos médicos, além de transplantes. “Diversas diligências complementares estão sendo realizadas para identificar toda a cadeia de profissionais envolvidos nesse esquema criminosos, e todos serão prontamente responsabilizados na medida da sua respectiva culpabilidade”, disse a Delegacia do Consumidor (Decon).

O caso

Os exames que atestaram a boa condição dos órgãos foram realizados pelo PCS Lab Saleme, um laboratório privado contratado por 11 milhões de reais em uma licitação emergencial, em dezembro de 2023.

A primeira inspeção da vigilância sanitária mostrou que o PCS Lab não possuía kits para a realização dos exames e não apresentou documentos que comprovassem a compra dos materiais necessários. Essas condições colocaram em dúvida a veracidade dos laudos emitidos para os órgãos infectados.

As autoridades de saúde descobriram a infecção por HIV quando uma pessoa transplantada no mês de janeiro buscou atendimento hospitalar no início de setembro. Durante o atendimento, os exames mostraram a presença do vírus. Os demais pacientes foram identificados neste mês.

Fonte: Carta Capital

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