Opositor de Maduro deixou o país após ser alvo de um mandado de prisão
Edmundo Gonzalez durante votação na Venezuela. Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP
Porto Velho, RO - A investigação contra o ex-candidato à presidência da Venezuela, Edmundo González, poderá ser encerrada. A atualização sobre o caso foi dada pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, no último domingo 8.
Segundo ele, a saída de González para a Espanha, onde pediu asilo no último final de semana, traz uma “mudança” no processo que corre na Venezuela.
“Isso traz uma mudança no status processual que está sendo avaliado”, afirmou o procurador, em entrevista à rede CNN. “Nós, com o advogado de González Urrutia, José Vicente Haro, nas próximas horas e nos próximos dias, estabeleceremos a forma, o tempo, o modo e o local de como esse caso será encerrado judicialmente”, afirmou.
González era alvo de uma ordem de prisão na Venezuela, depois de se recusar por três vezes a comparecer à Justiça. Ele é acusado de seis crimes – entre eles, conspiração e terrorismo – pelo Ministério Público, mas nega qualquer ilegalidade. O órgão é controlado pelo governo de Nicolás Maduro.
Na entrevista, Saab acusou a equipe de González de pressioná-lo a não comparecer aos tribunais. “Ele ia comparecer à primeira convocação. Na última hora, também recebeu pressões externas”, acusou o procurador.
Em resposta, o advogado do opositor, José Vicente Haro, negou as palavras de Saab. “Ele [Saab] afirmou que, em relação às convocações para a investigação fiscal, a investigação de caráter penal, supostamente eu teria recomendado ao senhor Edmundo González Urrutia que comparecesse à primeira convocação. E isso, de modo algum, ocorreu”, disse o advogado.
Antes de viajar, González não era visto na Venezuela desde a realização do pleito presidencial, no final de julho. O ex-diplomata garante que venceu as eleições e que o resultado foi fraudado por Maduro.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), por sua vez, jamais divulgou as atas detalhadas das mesas de votação, o que vem sendo alvo de críticas de diversos países da região, incluindo o Brasil.
Fonte: Carta Capital
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