Justiça nega exumação, mas pede abertura de investigação policial sobre morte de Gal Costa

Justiça nega exumação, mas pede abertura de investigação policial sobre morte de Gal Costa


Filho da cantora questiona causa da morte da mãe e quer a realização de uma perícia

Porto Velho, RO - A Justiça de São Paulo negou o pedido de exumação do corpo da cantora Gal Costa, que morreu em novembro de 2022. O pedido havia sido feito pelo filho da artista, Gabriel Costa, que levantou suspeitas sobre a causa da morte da mãe.

A Justiça negou o pedido por uma questão técnica. Na decisão, a juíza responsável pelo caso afirmou que o pedido extrapola a esfera administrativa e registral da Vara de Registros Públicos.

“A questão trazida pelo requerente não é apenas registral, mas também notícia-crime. Os fatos narrados sugerem a prática de delito em face da Sra. Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa”, diz a decisão.

Gabriel aponta um suposto envolvimento de Wilma Petrillo, viúva de Gal, na morte da cantora. Único herdeiro da artista, ele questiona as informações constantes no atestado de óbito e pede uma perícia judicial para confirmar a causa da morte da mãe.

Em face das acusações, a juíza pediu que o processo seja encaminhado a uma autoridade policial para a apuração dos fatos narrados pelo jovem.

Segundo o documento oficial da morte da cantora, Gal faleceu aos 77 anos, em novembro de 2022, em decorrência de um infarto agudo no miocárdio. A certidão descreve ainda como causa da morte uma neoplasia maligna [câncer] de cabeça e pescoço.

O advogado de Gabriel afirma que, na verdade, Gal teve “morte natural por causa desconhecida” e não infarto agudo do miocárdio. Segundo ele, no momento da morte, não havia nenhum médico que pudesse atestar o verdadeiro motivo do óbito.

A petição assinada pelo advogado do filho da cantora ainda afirma que Wilma Petrillo, viúva de Gal e madrinha de Gabriel, recebeu o Samu no local da morte e proibiu “qualquer autópsia que fornecesse maiores informações e determinando desde logo o sepultamento em jazigo particular, de acesso restrito”.

Ainda segundo o herdeiro, a viúva da mãe estaria o coagindo desde a morte da cantora para conseguir acesso aos bens deixados. A viúva teria tentado, segundo o advogado, convencer Gabriel a assinar “um documento de confissão de dívida e que possuía direito sobre 75% dos bens [de Gal] e que, por mera liberalidade, decidiu dividir os bens em 50% para ela e 50% para o herdeiro”.

Wilma também solicitou abertura de inventário e reconhecimento de união estável pós-morte em janeiro de 2023, dois meses depois da morte de Gal. Ela diz que ambas conviveram por cerca de 20 anos.

Sobre a decisão judicial que negou a exumação do corpo de Gal, mas determinou a investigação policial no caso, Wilma ainda não forneceu comentários.

Fonte: Carta Capital

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