Secretário da Sefin explica para deputados os números da arrecadação de RO

Secretário da Sefin explica para deputados os números da arrecadação de RO

Ele participou da audiência pública onde detalhou onde é empregado a receita dos impostos pagos pelos rondonienses


Porto Velho, RO - Os parlamentares da Assembleia Legislativa de Rondônia realizaram na última terça-feira (19), uma audiência pública para discutir as metas fiscais do Governo de Rondônia, referentes ao 2° e 3° quadrimestre de 2023. Presentes ao evento estavam os deputados estaduais Luizinho Goebel (PSC); Delegado Camargo(Republicanos); e Ieda Chaves (União Brasil).

Representando o Governo do Estado participaram o secretário da Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (Sefin), Luís Roberto, além de técnicos da instituição.

O titular da pasta foi quem explicou as contas estaduais no período em análise. Ele mostrou para os parlamentares um slide ilustrando o desempenho fiscal de Rondônia nos dois quadrimestre de 2023. Num primeiro momento, ele explicou sobre as receitas próprias do Estado como taxas, impostos e arrecadação.

O gráfico demonstrou que houve uma queda da arrecadação em 2022, no segundo semestre, devido à Lei Complementar 194, que desonerou os tributos de energia, combustíveis e comunicações. Luís Fernando explicou que a perda ocorreu também devido ao congelamento da base de cálculo que foi estabelecido pela Lei Complementar 192, mudando a forma de tributar.

Saúde e Educação

O secretário disse que a recuperação das receitas ocorreu em 2023 e superaram em 2,94% as receitas de 2022. Os motivos para essa melhora nas contas estaduais estão relacionados ao esforço de fiscalização e melhoria nos parâmetros de tributação. Mas a boa notícia foi ofuscada pela inflação de 2023 que ficou em 4,64%, índice acima da recuperação da receita.

Sobre o desempenho da receita total do Estado em 2023, o secretário contabilizou que houve uma arrecadação em 2023 de R$14 bilhões, contra R$13 bilhões em 2022. Um motivo que influenciou esse aumento foram as transferências da União, que contribuíram para fechar o ano dentro do orçamento previsto.

“Se não fossem os repasses da União teríamos tido dificuldades bem maiores”, respondeu o chefe da Sefin à uma pergunta do deputado Luizinho Goebel.

Quanto às transferências de recursos do Estado para os municípios, Luis Fernando informou que no terceiro quadrimestre de 2023, se chegou a um total de R$1,409 bilhão. Sobre as despesas, ele calculou que em 2023, do total de despesas, 56% foram para pessoal e encargos e 1% para juros da dívida. Outras despesas como contratos e manutenção, ressaltou, custaram 33% do total das despesas; investimento foi 9% e R$1 milhão se refere a aporte em empresas estatais.

Outro dado, mostrado pelo secretário, é que Rondônia investiu em Educação, em 2023, mais do que os 25% que são obrigatórios pela Constituição Federal. Segundo ele, foram repassados para essa pasta 25,82% da receita com imposto. Isso representa R$2,780 bilhões voltados para o setor.

Já a aplicação de recursos na área de Saúde em Rondônia, em 2023, representou 15,7% da receita com impostos, ou seja, R$1, 686 bilhão. Esses números, alertou, são de aportes do Estado, sem qualquer repasse da União.

Quanto às despesas com pessoal, Luís Fernando explicou que o Estado de Rondônia gastou 47,2% da receita corrente líquida com a folha de pagamento dos servidores dos três poderes. “No Brasil esse ainda é um dos menores índices de gastos de Estado com folha de pagamento. Quem gasta mais (Estados), gasta 66% e quem gasta menos gasta 37%. Estamos na quinta posição em relação aos demais Estados”, declarou.

Após as explicações, a deputada Ieda Chaves encerrou a audiência pública agradecendo a participação do secretário Luís Fernando e equipe.

Fonte: ALE/RO

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