Chefe de ajuda da ONU adverte sobre fuga de pessoas de Gaza para Egito

Chefe de ajuda da ONU adverte sobre fuga de pessoas de Gaza para Egito


Mais de um milhão de palestinos estão concentrados em Rafah

Porto Velho, RO - O chefe de ajuda das Nações Unidas Martin Griffiths alertou nesta quinta-feira (15) sobre a possibilidade de fuga dos palestinos amontoados em Rafah para o Egito, caso Israel lance uma operação militar contra a cidade fronteiriça.

Mais de um milhão de palestinos estão concentrados em Rafah, no extremo Sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. Muitos estão vivendo em acampamentos e abrigos improvisados após fugirem dos bombardeios israelenses em outras partes de Gaza.

Os militares israelenses afirmam que querem expulsar os militantes islâmicos dos esconderijos em Rafah e libertar os reféns que estão sendo mantidos lá após o ataque do Hamas em Israel no dia 7 de outubro, mas não deram detalhes de um plano proposto para retirar os civis.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrenta crescente pressão internacional para adiar o ataque planejado, não deu indicação de quando a ofensiva poderá ocorrer.

"A possibilidade de uma operação militar em Rafah, com possível fechamento da passagem (da fronteira), com a possibilidade de alastramento... uma espécie de pesadelo egípcio... está bem diante de nossos olhos", disse Martin Griffiths aos diplomatas nas Nações Unidas em Genebra.

Segundo ele, a noção de que a população de Gaza poderia ser retirada para um local seguro é uma "ilusão".

"Todos nós devemos esperar que os amigos de Israel e aqueles que se preocupam com a segurança de Israel lhes deem bons conselhos neste momento", afirmou Griffiths.

As Nações Unidas disseram que uma ofensiva israelense em Rafah poderia "levar a um massacre".

Falando na mesma reunião que Griffiths, Mirjana Spoljaric, chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), declarou que a ausência de um plano claro de retirada, inclusive para os doentes e idosos, levaria o sofrimento a um novo patamar.

"O sofrimento de ambos os lados e a carnificina que temos visto desde 7 de outubro atingirão níveis inimagináveis se as operações em Rafah forem intensificadas da forma como foram anunciadas", disse Spoljaric.

Fonte: AG/BR

Postar um comentário

0 Comentários