Violência doméstica é tema de rodas de conversas na Assembleia Legislativa

Violência doméstica é tema de rodas de conversas na Assembleia Legislativa


A ação faz parte do Agosto Lilás, uma campanha de enfrentamento à violência contra a mulher

Porto Velho, RO - Trabalhadoras da Assembleia Legislativa participam de rodas de conversas sobre violência doméstica, promovidas pela Casa, por meio da Secretaria de Modernização da Gestão. O terceiro encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (31). A ação faz parte do Agosto Lilás, uma campanha de enfrentamento à violência contra a mulher. Neste mês, a Lei Maria da Penha completa 17 anos.

Um dos temas das rodas de conversas é a história da biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu duas tentativas de homicídio pelo marido. Na primeira, com arma de fogo, deixando-a paraplégica e, na segunda, por eletrocussão. Depois disso, ela lutou pela criação de mecanismos que contribuíssem para a diminuição da violência doméstica e familiar contra a mulher.



Outro assunto abordado nos encontros são os tipos de violência contra a mulher e suas características. A violência não se resume a agressões físicas; também pode ser psicológica, sexual, patrimonial e moral. Também foi falado sobre as medidas protetivas. “Muitas mulheres sofrem violências e não sabem. A informação é fundamental. Hoje existem mecanismos para proteger a mulher e seus filhos”, ressaltou o psicólogo José Danilo Rangel.



De acordo com o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho deste ano, Rondônia liderou o ranking de feminicídios no ano de 2022. O estado teve a maior taxa proporcional do país, com 3,1 casos para cada 100 mil mulheres. Feminicídio é o termo usado para definir o homicídio de mulheres cometido em razão de gênero.



No estado, em 2022, o Poder Judiciário concedeu 5.879 medidas protetivas. Em 2021 foram 5.603. “Esses espaços de conversa, de diálogo, permitem o acesso a diversas informações importantes, que podem nos ajudar ou nos permitir a ajudar outras mulheres”, destacou a analista legislativa Natália Lima, que participou do evento.

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